sábado, 12 de março de 2011

Procuro...



Surgiu no meu grupo de fotografia o tema do "proibido", essa foi uma das minhas respotas ao tema. Não gosto da maior parte das fotos mas achei que o conjunto, nesse caso está acima das imagens em si. O mais importante para mim era dar o ritmo e o clima da viagem.

Minha intenção era ressaltar a desorientação e a angústia da mulher que roda acidade atrás do seu amor proibido, sem, no fundo ter nenhuma esperança de encontrá-lo. Não sei se deu pra passar a idéia...

domingo, 6 de março de 2011

Continuando...

Na sequência, em meu desenvolvimento vieram essas imagens:








 
Essa representa o probido da coleira, um proibido disfarçado, fantasiado de permissão, onde é permitido se ir até um determinado ponto, mas não além. Aqui essa idéia de contenção é reforçada pela esfera onde o cão aparece invertido como o efeito ótico de uma imagem através da lente (numa referência às, hoje tão comuns, câmeras de vigilância). Você pode ir até o limite, fazer o que quiser, mas não esqueça que está sendo vigiado.









   Aqui a rede de segurança é o proibido. Inicialmente visando a real segurança da criança, os proibidos da infância são proteções, garantem o desenvolvimento saudável e são amplamente reconhecidos como ferramentas educacionais. Mas em nome dessa segurança o proibido é também usado para impedir que essas mesmas crianças vejam e interajam com o mundo e dessa forma se desenvolvam. Assim a ferramenta da educação se torna a forma de controle mais cruel, pois revestida de preocupação genuína ela traz no centro o medo e o prazer de quem a usa.






 
     A imagem acima é, para mim, a loucura, a criatividade e o ver um mundo de uma forma diferente. Representa o proibido da censura em todas as suas formas, da censura política, passando pela moda e chgando ao preconceito, ela objetiva destruir a voz que distoe do discurso comum. Tentando transformar inocentes em montros e banir o diferente (considerado como uma distorção do comportamento).


    


     

 

sábado, 5 de março de 2011

Analisando a imagem

Fiquei analisando a imagem que escolhi como pedra fundamental do meu proibido/permitido (a que aparece no meu post anterior)... Pra mim ela representa o proibido, principalmente pelo peso que toda parte superior parece ter. Um pedaço de uma edificação de concreto, pesado, duro e de forma eternamente fixada por formas e moldes. E essa massa visualmente exclui a cabeça do homem, que sob o peso das normas premoldadas pela sociedade se encontra acéfalo. Meio encostado em uma coluna de sustentação, ele pode estar entre praticar um ato ilícito ou se esconder de vergonha. Aqui eu faço um parêntesis porque, como sei que esse homem e' um segurança da bienal (onde tirei a foto), ela se torna, para mim, ainda mais significativa, por ter uma conotação da autoridade sem o juízo.

Hmmm mas será que para as pessoas que olham a imagem isso se confirma?


(para facilitar estou postando a imagem novamente)

quinta-feira, 3 de março de 2011

Proibido/permitido

Atualmente estou trabalhando no tema proibido/permitido proposto pelo grupo fotográfico Moringa, do qual faço parte. Como a proposta do grupo e', alem de pesquisas sobre os temas escolhidos, gerar uma produção fotográfica, postarei aqui no blog, as minhas imagens, comentários, reflexões e tudo que fizer parte do meu processo criativo.

Estive revirando minhas fotos antigas para tentar perceber o quanto e como esse tema se apresenta no meu trabalho. E, para minha surpresa, ele tem aparecido muito nos últimos meses. Parte por causa do impacto negativo inicial (e aqui faço uma ressalva porque não acredito que esse aspecto negativo seja uma situação permanente, apenas um passeio pelo perímetro externo da minha zona de conforto) dos estudos sobre fotografia autoral que fiz no ano passado, onde me senti repetidamente privada de uma participação mais ativa por não produzir imagens na linguagem "adequada" a um trabalho autoral (seja lá o que isso queira dizer, mas minha discussão do autoral e' outro capítulo que poderei tratar em outra ocasião).

Enfim, ao iniciar minha fuçada nos meus arquivos de imagem, me deparei com uma foto que me pareceu representar o que é o proibido para mim... E decidi que ela seria o marco zero do meu trabalho.